terça-feira, 22 de março de 2011

"A Infância Perdida" no CineClube da Faculdade São luís.

Cartaz em françês do Filme Infância Perdida - o grafite atrás do garoto soa como uma ordem, aos meus olhos: STOP!
                  A presença foi obrigatória na abertura do CineClube da Faculdade São Luís, no ano de 2011, que aconteceu ontem. Em comemoração ao Dia Mundial da Infância e Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial, a Coordenadoria de Comunicação da Faculdade nos emocionou com o filme documentário de Philippe Lhuillier: A Infância Perdida.
                
                 Na abertura o professor da Fac.São Luís e também cineasta,  comenta que o  documentário trata-se de um "ciclo da tragédia que não nos abandona". Foram 53mm de uma mistura de sentimentos - confesso que sai dalí com uma angústia na alma e plena indignação, por saber que é muito difícil combater a realidade mostrada no documentário, o pior de tudo é ter percebido que muita coisa não mudou desde a década de 90, em São Luís. Fora as roupas (que por sinal, havia a predominância da cintura alta, que voltou à moda no guarda-roupa feminino - fato foi muito bem pontuado por Letycia Oliveira, na ocasião), parece que o cenário na Ilha, até os casarões, que deveriam estar conservados, continuam cada vez mais precários. Quem sabe não se trate de um retrato do descasso ludovicense.
Após o filme houve um Bate-Papo com pintor Philippe Lhuillier e o mediador Francisco Colombo.
               
                  "A Infância Perdida" é dividida em 3 partes, que mostram moradores de rua, favelados e jovens, contando sobre o que acontece nas ruas: dependência química, guangues, fome, miséria... os problemas com a polícia: abuso sexual, espancamento, perseguição, repressão, assassinato, abuso de poder. Além disso, há o movimento do HipHop, que inclusive contruiu para o fim das guangues em São Luís (impressioante a manifestação do HipHop, na praça Deodoro, uma grande mobilização da periferia).
                 Cabe ressaltar, que o HipHop é a "arte vinda da periferia". "A gente só fala a verdade, somos como um jornalista do povo", enaltece um personagem. Ninguem tem dúvida que as letras desse gênero musical, reflete muito bem a realidade e sentimentos da comunicadade periférica. Francisco Colombo, também levantou uma questão interessante, o tratamento das mulheres, como objetos dos gangters norte-americanos, no entanto, não houve um aprofundamento da discussão.
                  Como era de se esperar, falou-se do grafite (pichação) no filme; recortagens de jornais, mostrava motivo de orgulho de um morador. "Nossa vida é de artista, (...), por que para gente isso é arte, arriscar nossa própria vida, só em nome do prazer", ressalva um outro personagem.
                 Infelizmente, o Brasil não valoriza essa arte de rua, só pelo fato de ser oriunda da periferia. Em uma análise, poderia dizer que o grafite é uma tatuagem das cidades de concreto, a marca de alguém que merece ser ouvido e, principalmente, enxergado.
                 Elucida-se, também, que muita gente quer sair desse mundo, alguns vivem sem os narcóticos, outros que largam o vício e vão para abrigos, acabam sendo seduzidos pelo "chamado da rua e das drogas". Para não ficar na sargeta, os personagens ocupam os casarões coloniais abandonados pelo Estado, dormindo em caixas de papelão, mas mesmo assim ainda sofrem repressões pela polícia. Segundo Pouquinha, "eles (policiais) querem fazer assédio sexual com a gente, (...) até com os meninos homens,(...) dá choque na gente, eles 'faz' tudo, até matar". Será que a polícia não conhece os Direitos Humanos?
                  Telmirene conta que a sociedade e a polícia os exclui mesmo estando sem drogas. Ela foi morta por policiais, no jornal sai uma matéria que camufla o fato, ninguem soube, a não ser os moradores de rua, sobre a verdade do acontecido.
                  Por fim, fecho esta postagem com o apelo da Pouquinha, que em suas palavras reconhece o machismo encravado na sociedade: "eu queria uma vida melhor, pra homem tem, pra 'nois' não, pra gente que é mulher". Recordando o que Francisco Colombo falou, isso tudo é "o ciclo da tragédia" que não nos acabandona.
Confira o vídeo do único documentário de Philippe Lhuiller, em seu portal no YouTube.


quarta-feira, 16 de março de 2011

Homem é tudo igual...

                  Sempre tentei me enganar e defender parte dos homens, dizendo que homem não é tudo igual. Hoje senti que eu, talvez, esteja enganado.
                  Não vamos generalizar também, refiro-me aos homems que são fascinados por futebol... ai que raiva ( não gosto de futebol). Esses homens sempre te trocarão pelo : jogo + amigos. É um sonho achar que isso não acontecerá, na divisão, tu sempre ficará em desvantagem. Tirando a raiz quadadra da situação, ficamos no zero a esquerda e ele lá com os amigos, pirando horrores. Por quê eles não arrumam alguem logo no estádio que goste do que eles gostam e pronto? É uma relação perfeita, mas nãooo... preferem fazer-nos esperar por eles depois do jogo.
                 O que fazer? de duas uma: ou chuta essa bola para a arquibancada e acabar com o jogo, ou então entre no jogo, só não pode chorar se levar uma falta e/ou contusão.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Dica de Filme: "A volta de Tamara" | Tendência de man's hair. A Quarta de Cinzas.

                  Acabo de assistir ao filme "A volta de Tamara (Tamara Drewe, em inglês)", de Stephen Frears, que dirigiu "A rainha, alta felicidade", e protagonizado pela belíssima Gemma Arterton, a mesma de "007 - Quantum of solace", Príncipe da Pérsia e "Fúria de Titãs".
                  O filme é baseado no HQ "Tamara Drewe" de Posy Simmonds, ilustradora do jornal Guardian. A história é sobre uma repórter que volta à cidadezinha natal do interior para cuidar da venda da casa da família, além de escrever um livro autobiográfico [incrivél como dos 4 homens que contracenam, 2 são escritores]. Foi uma patinha feia, quando foi para cidade se presentou com uma cirurgia no nariz, quando volta vira a cidade de cabeça pra baixo com sua beleza e sarcasmo.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Criminalidade no Carnaval. Receita de calda de chocolate | A queimadura

          
Carnaval 2011 na Ilha de São Luís.
                  Não resisti e tive que fazer essa montagem. Quando falei de Carnaval no post anterior me lembrei das decorações nas ruas de São Luís. Ao ver aqueles grandes bonecos com as mãos para cima, a única imagem que me veio à mente foi da criminalidade na Ilha.
Meu bolo ficou pareçido com esse, só que com mais cobertura.
  Receita de calda de chocolate. A queimadura.
 
                Hoje queimei minha mão com cobertura de chocolate quente. Estava fazendo para colocar no bolo de trigo que comprei na padaria aqui perto, na verdade é de laranja, acabei de comer um peçado, não resisti, precisava de chocolate para aliviar a ardência do machucado. Por sorte, a vermelhidão já passou, coloquei aguá gelada, alternandando com compressa de gelo. 
                Minha cobertura ficou melhor do que essa aí da foto; teria bastante, se não tivesse derramado metade no chão e na minha mão. Aprendi a receita com a Ana Maria Braga, no MaisVocê, segundo a mesma, uma receita de chefe.  Deixei a receita mais ligth, usei leite desnatado e não usei margarina (esse ingrediente é o responsavél pelo brilho da cauda de chocolate). E tão simples, só juntar o leite quente ao achocolatado, ficar mexendo para o líquido não borbulhar muito e transbordar da panela, como aconteçeu com o meu. Quando a calda soltar do fundo está pronto. Se engrossar mais vira brigadeiro de colher - que não é má ideia de fazer.
              Para quê o bolo? Amanhã é dia da Mulher, se minha mãe passou aqui por casa dou um pedaço para ela.
                 Fiz uma pesquisa de Primeiros Socorros para queimadura de 1° Grau (superficial), ainda bem que coloquei logo água gélida, nem sabia que deveria fazer isso.

Dicas de Primeiros Socorros à Queimaduras de 1º Grau:
1.      Remova a fonte de calor jogando água ou abafando com pano se houver chama;
2.      Jogue água corrente fria da torneira, imediatamente, na área da queimadura, por alguns minutos - este procedimento é fundamental pois a área queimada está aquecida e continua a lesar a pele, podendo aprofundar-se, formando bolhas; quanto mais rapidamente fizer o procedimento, menos grave será a queimadura. Isso que fiz, por sorte.
3.      Retire se possível objectos que armazenem calor, como é o caso de: anéis, colares, brincos, cinto, objectos de metal ou de couro, etc;
4.      Proteja a área queimada com gaze, lenço ou pano limpo;
5.      Transporte para observação médica.
        
             Se a queimadura for do 1º grau (não apresenta bolhas) e não abrange área entre os dedos, face ou genitais e só atinge alguns poucos centímetros quadrados da pele, pode-se fazer curativo com gaze gorda. Caso contrário, procure observação de profissionais de saúde. Mais informações no link.

domingo, 6 de março de 2011

Dica de Filme: "Bruna Surfistinha"

Um dos Cartares do filme Bruna Surfistinha.
                 "Bruna Surfistinha" - de Macus Baldini, estrelado por Deborah Secco, muito bem interpretado por sinal , é a indicação de filme de hoje. Fui ver com um amigo no BoxCinemas. Foi uma despedida, já que ele viaja hoje às 2 horas da madruga, para Brasília com a avó, já que esta não tem condições de viajar só, ele não teve alternativa.

                   Não sei o por quê do slogan do cartaz está totalmente direcionado ao público feminino. Afinal, a macharada que deve estar gostando, muitas cenas picantes. Mas eu sei a resposta: "Bruna Surfistinha" é um filme que mostra mulheres de verdade, que quebram a cara, vão contra vários valores moralistas, para ganhar a vida e não viver submirso a homens, família, só a si mesmas.
                 O que foi frizado bastante no longa é que a jovem adotada optara pela prostituição, fez o que fez, por não querer mais depender de ninguém para viver. Um ponto interessante do filme que vale ressaltar é quando "Bruna" diz que estava fazendo aquilo para despertar algum sentimento qualquer em seus pais: raiva, remorso, ódio, saudades. Pelo visto, ela deveria se sentir muito imconpreendida.
Deborah Secco como Raquel Pacheco.
                 Ela foi o patinho feio na escola, em um certo momento no ensino médio, todos a conheçiam como uma chupeteira - indevidamente por sinal. É nessas horas que vemos como as pessoas podem ser cruéis, diflamatórias e hipócritas. 
                 A cena foi: O cara chama a protagonista para 'estudar' na casa dele. A ingênua Raquel vai, mas o que ele queria era o óbvio: SEXO ORAL. Ele ouvira que ela tinha feito uma garganta profundo em um colega dele e queria que fizesse o mesmo. A coitada achou um abuso e recusou, deu o fora. No entanto ele gravou as cenas picantes e colocou uma foto no perfil do site de relacionamento, difamando-a.
                 As pessoas são tão hipócritas e machistas que nem se dão conta. O que aconteceu com ela, acontece com muitas meninas. O homem sempre sai por cima. Sexo oral é algo que a maioria dos homens gostam e sentem prazer, a mulher é basicamente induzida a gostar de fazer nele, apesar de muitas gostarem, por vontade própia. O caso é: se o homem gosta, a mulher faz... qual o motivo que leva as pessoas em fazerem chacotas de quem faz sexo oral? Chamar de boqueteira, boca de veludo, entre outros? E tão fácil apontar o dedo para o outro e quando ninguém vê, faz o mesmo em 4 paredes, ou até pior.
meu friend virgem
                 Já foi-se o tempo em que ser virgem era status. O que se vê por aí é o inverso. O virgem e redicularizado. Coitados dos nerds, gordinhos, assexuados...todos sofrem com isso. Atualmente, tenho um amigo hetero (não evangélico) virgem, tem 23 anos, se não me engano. Apesar da imagem de rokeiro, pretende casar com a mulher ideal. Por sorte, os Jonas Brothers entraram na lista dos virgens assumidos e fizeram muitos 'sairem do armário'. Meu amio como músico aproveita a deixa para se vagloriar agora.
                Voltando à indicação de filme, só tenho a dizer que ele é forte, cenas excitantes, está classificado como "drama", mas como todo filme brasileiro, sempre há de ter uma comédia. A sessão deu risadas deliciosas pelo menos. Gostei do roteiro, a fotografia muitas vezes me deixou a desejar, uns erros aqui, outro lá, mas no geral foi bom. Sinal que a qualidade do cinema brasileiro só cresce. Não sei dizer a repercussão do longa, mas deve estar a levar muita crítica.
                   O cinema brasileiro cresce e ganha espaço cada vez mais, em sua própria nação. O reflexo disso é dos teasers de filmes tupiniquins nas salas de cinemas. No Box, pelo menos, geralmente via os trailers de filmes hollywoodianos, quando fui ver "Bruna" só fizeram indicações de filmes nacionais.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Sexta de Carnaval | Pornografia no Fumódromo

Thayná dançando tambos de crioula, no passeio cultural promovido pelo ERECOM MA 2010
                 A "sexta-feira gorda de Carnaval" não foi muito produtiva na classe; em Ciências Políticas, começamos com o assunto sobre as Esferas: Pública e Privada. Fiquei impressionado ao saber que àqueles indivíduos que não estavam na esfera privada da Grécia Antiga, a polis, era quase um ser invisível, como um simples "animal", segundo a autora do texto que fora exposto em sala.[quando tiver a xerox em mãos, darei os devidos créditos, além de abordar mais sobre o assunto, que continuará na próxima quinta-feira]

mosaíco grego
               O professor começou perguntando, para cada um, o que era entendido por esfera pública e privada atualmente. Sabes naquele momento em que todo mundo sabe o que é, mas, por ironia, não sabem transmitir em palavras/conceito? Isso que aconteçera. Sobretudo, todos contribuimos com algo coerente.

               No terceiro horário, que seria a aula de Teorias do Jornalismo, fomos dispensados. Meu eufórico trabalho de fazer a análise de 3 fait divers, foi em vão. Basicamente, peguei 3 notícias do tão popular AQUI MA e suas matérias inusitadas, muito bem caractericadas pelos "fatos diversos". A impressora do meu primo está sem tinta, por isso fiz tudo à mão, é por lá que faço a impressão de meus textos.